03 January 2011

2010 Revisitado - Part I
FARPA 2010 (Pombal de Ansiães)
O concerto no FARPA (Festival de Artes de Pombal de Ansiães), no dia 6 de Agosto, coincidiu com o nosso último espectáculo antes de entrarmos num período sabático, que teve o seu epílogo no dia 27 de Novembro, em Vimioso. A verdade é que quando as coisas são bem organizadas, quando somos bem acolhidos, quando há vontade e interesse por parte do público em escutar o nosso trabalho, tudo fica mais facilitado e não fica muito por dizer. Foi isso que aconteceu em Pombal de Ansiães. Não obstante estarmos a falar de um evento que decorre numa aldeia do interior transmontano, e que à partida poderia ser encarado como tendo algumas condicionantes, como por exemplo: falta de equipamento ou de toda logística inerente a um festival, a verdade é que qualquer banda, artista ou grupo de teatro que ali chegue, depressa se depara com um cenário inverso. Tudo está pensado ao milímetro e tudo funciona na perfeição. Não falta nada. A cereja no topo do bolo é colocada pela adesão do público, que no Pombal vai a todas! Como é um festival para todas as idades, foi sem surpresa que entre o nosso público estivesse gente de cabelo grisalho e afins. Já havia sido assim em 2004, quando alguns de nós estivemos em Pombal com o nosso primeiro projecto musical. Aliás, no fim da noite, fui abordado por algumas pessoas que ainda se lembravam desse concerto, o que demonstra bem a maneira de estar e de viver os eventos culturais por aquela gente. Conhecedor e frequentador que sou deste festival de artes há já várias edições, é algo que não me surpreende, contudo creio que é sempre de realçar a boa vontade, o empenho e acima de tudo, o gosto com que esta gente, vem ao longo dos anos, levando a cabo um evento desta natureza. Desta vez, e para cumprir o ritual, também não faltou nada. Para começar, uma pequena entrevista em directo para a Rádio Ansiães, durante 3 minutos minuciosamente contados, onde basicamente promovi o evento, a banda e o disco acabado de gravar. Ao certo, já não me recordo do bem que disse, mas creio ter vendido bem o “peixe”. Depois do tradicional sound-check, feito sob um calor abrasador, seguiu-se um belo jantar oferecido pela organização, que sentou à mesa todo o staff e artistas da noite. Para fazer a digestão, decidi levar a banda até às famosas Termas de S. Lourenço, mesmo ali ao pé. O calor era mesmo insuportável, e nada melhor do que um banho retemperador naquelas águas termais para refrescar o corpo e a mente antes da nossa entrada em cena, que estava marcada para a 00.30h. Apesar de inicialmente alguns ficarem incomodados com o cheiro a enxofre, próprio deste tipo de águas, a verdade é que no final, foi preciso arrancar o povo dali à força, tal era o clima de pura descontracção reinante no seio da banda. Por isso, acabou por ser ali, que cada um tratou de preparar a respectiva indumentária para o concerto. Quando chegamos a Pombal, o grupo de fados que nos antecedia estava na recta final da sua actuação, e foi curioso ouvir alguns espectadores de alguma idade, certamente já satisfeitos com a sua dose de fados, comentar: “Queremos é ouvir o rock!”E o rock não tardou. Com um excelente som de palco, acompanhado com luzes e fumos a condizer, creio que cumprimos a nossa missão, dando um concerto competente e sem sobressaltos. O clima de descontracção instalado, até permitiu ao Pico sair da bateria e passear-se pelo palco entre alguns temas.
O set-list da noite rezava assim:
1-Prologue
2-Bones (Part of Flesh)
3-The Grave
4- Seven Nation Army (The White Stripes)
5-Travels
6-Fall Into My Knees
7-Mr. Person
8-A Forest (The Cure)
9-Unquietness
Após o set previsto, fomos presenteados pela Presidente da Direcção da Associação de Pombal de Ansiães (ARCPA), Fernanda Cardoso, com umas lembranças, que incluíam entre outras coisas, algumas garrafas de vinho, que naturalmente, já levaram algum avanço num dos jantares da banda.
De seguida, e porque o povo queria ouvir mais uma, nós fizemos a vontade e tocámos mais duas, a saber:
10-Available (The National)
11-Hollywood
E com estas é que fechamos mesmo aquela noite do festival, que já ia alta. O que se seguiu, foram os procedimentos do costume. Desmontar, arrumar, carregar e para os outros 3 elementos da banda, viajar até ao Porto, pois o Pico pernoitou por minha casa.
O que se disse de nós e da nossa prestação por estes lados, foi retratado no Jornal “O Pombal” que rezava assim:
"O último espectáculo da noite foi dado pelos Mistery Artist. Este grupo musical, pensado no Luxemburgo consolidou-se em Portugal. Pelo nosso país correm todos os pontos cardeais. Um ritmo mexido, ao jeito daqueles que gostam de uma música mais contagiante e com uma forte batida. Este ano de 2010 é para este grupo importante, uma vez que estão a lançar o seu segundo álbum e, esta vinda a Pombal de Ansiães serviu para o divulgarem no nordeste transmontano."
Para terminar, não posso deixar de prestar um agradecimento especial ao Victor Lima (Presidente da Assembleia Geral da ARCPA) pela vontade e abertura em levar The Mystery Artist ao Pombal de Ansiães, e à Fernanda Cardoso (Presidente da Direcção da ARCPA) por todo o trabalho desenvolvido à frente daquela instituição. Um bem hajam e continuem! Segue a reportagem com fotos e um video do tema "Unquietness" com que fechamos a primeira parte do concerto.





A special thanks às fotógrafas de serviço (Anita & Luísa)!

MARK

1 Comments:

Anonymous Anonymous said...

eu estive lá foi fixe!
bia

06 January, 2011  

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