29 February 2012

THE MYSTERY ARTIST & FRANK MARQUES

Batemos à porta, entrámos e basicamente assentamos arraiais pelo blog do FRANK MARQUES. Já lá tínhamos estado aquando da 38º edição do Planeta Frank Marques, mas desta vez, para além de fecharmos a 46º edição do programa com o tema "UNQUIETNESS", ainda tivemos a oportunidade de dar uma entrevista que está em destaque AQUI .

Segue abaixo a primeira parte desse trabalho. Se quiserem ler o resto, dirijam-se aos links acima e deixem-se embalar pela banda sonora até ao fim, vão ver que vai valer a pena!

"Nasceram em 2006, no frio do inverno luxemburguês. Deram um concerto e saltaram para Portugal, no verão seguinte, reformulando a banda original. Acrescentaram mais alguma experiência de palco e partiram para o primeiro disco. Rodaram por uma rádio alemã, fizeram de banda sonora a uma ação do braço italiano da Greenpeace e agora estão a trabalhar para o terceiro disco. Já tocaram no Algarve e em Trás-os-Montes, mas querem ir onde nunca estiveram e sonham com Paredes de Coura. Andam ainda a promover “Unquitness”, o segundo disco. Não esquecem a pop gótica dos anos 80, mas seguem com devoção as guitarras dos americanos Wilco. O vocalista Miguel e o guitarrista Marco apresentam, através do FrankMarques’blog o “artista mistério” da Invicta.

FrankMarques – Como nasceu “o” Mystery Artist? Quem é “ele”?

Miguel – Não é ninguém e no fundo somos todos. É a soma das partes de todos nós no que toca, evidentemente, à música da banda.

A história que relatam começa em 2006. Falam de uma reinvenção no verão portuense. O que aconteceu nesses 6 meses?

Miguel - A reinvenção foi basicamente a mudança de todos os elementos do projeto, exceto eu. Vivia no Luxembrgo e 2 amigos meus, o Joaquim Monteiro ou “Joka” e o Orlando Macedo, sabiam que tocava guitarra. Sugeriram-me formar uma banda. Mostrei-lhes algumas canções que tinha feito. Juntou-se um quarto elemento, o Artur Ribeiro (n.: bateria), e começámos a trabalhar nessas canções. Quase ao mesmo tempo e por mera casualidade, mostro as gravações ao Marco via Messenger. Já não falávamos há algum tempo e ele – para surpresa minha, admito – mostrou-se entusiasmado. Disse-me até, caso eu fosse a Portugal no verão, que me arranjava locais para tocar. Achei óptima a ideia e transmiti-a ao resto da banda. Todos se mostraram entusiasmados menos o Artur, que disse já ter férias programadas e não sabia se seria possível. Confirmou-se mais tarde que o Artur não podia e os outros dois, por compromissos profissionais e pessoais, também desistiram da ideia de uma mini-tournée de verão. Comunico o sucedido ao Marco, considerando ser melhor cancelar tudo porque não tinha banda para tocar. Mas, então, ele propõe substituir a formação inicial dos Mystery Artist por músicos que ele conhecia e com quem já tinha trabalhado noutro projeto. Surgiu assim a primeira formação em terras lusas dos The Mystery Artist.

“Funny Little Town”, o primeiro disco, foi lançado ainda no decorrer de 2006. Foi produção ainda com génese luxemburguesa?

Miguel - Não. A ideia surgiu após esses concertos de verão terem corrido bem e pairar a dúvida se a banda continuaria a existir depois deles. Decidimos fazer um registo, como recordação, dos temas que tínhamos desenvolvido. Foi tudo gravado em dois ou três dias. Sem grandes experimentações. Era o que havia e acho que foi bastante gratificante e agradável para todos. Por isso, não, não foi produção com génese luxemburguesa.



Quantos concertos deram os The Mystery Artist antes desse primeiro disco?


Miguel . O primeiro foi ainda no Luxemburgo, num evento dedicado à música e artes performativas. Foi, aliás, o único no Luxemburgo. Mas até entrarmos em estúdio… não me recordo ao certo. Três, quatro?...

Marco – Tirando o concerto de estreia no Luxemburgo, objetivamente, foram três: Mirandela, Carrazeda de Ansiães e um “show-case” na Rádio Globo Azul, de Espinho, e em direto. Depois… estúdio!


No período em que ainda não tinham disco para mostrar, qual o local mais caricato onde tocaram?

Miguel – Acho que foi no bar de uma piscina, em Carrazeda de Ansiães. Pediram-nos para tocar música de baile. Camarins? Nessa altura ainda não tínhamos visto nenhum, sequer, e ainda hoje vemos poucos.

O vosso som carrega influências góticas dos anos 80. Sente-se The Cure ou Killing Joke. Era essa a inspiração do “artista” em 2006?

Miguel - Sim. Mas é evidente que surgem sempre coisas novas. Eu próprio, pelo menos, estou sempre à procura de bandas que despertem algo em mim. É uma procura constante. A influência com que mais vezes fui confrontado, porém, foi a dos Joy Division. Dizem que por vezes fazemos lembra-los. Mas se acontece é casual. Nunca pensamos: “temos de soar como estes ou aqueles…” As comparações, apesar de tudo, são inevitáveis. Eu não gosto muito de enumerar influências porque elas vão sempre mudando e tenho receio, por acontecer sempre, de me esquecer de alguma importante. Reconheço a dos Cure, mas atualmente a banda que mais ando a ouvir são os Wilco. Acho os três últimos álbuns deles muito bons. E o guitarrista dos Wilco, o Nels Cline, é o mais criativo e inventivo que vi nos últimos tempos. Gosto muito mesmo."...Continua AQUI.


Para terminar, um muito obrigado ao Frank Marques por nos ter aberto a porta do seu espaço e nos ter acolhido tão bem!
Marcámos encontro no Barreiro Rocks? ;)


The Mystery Artist

0 Comments:

Post a Comment

<< Home