17 August 2007

Um Improviso Perfeito! (Ou quase...)

Se não foi o melhor concerto The Mystery Artist, andou lá muito perto!
Foi esta sensação com que todos ficamos, depois do concerto de há uma semana, no Improviso Bar em Espinho.
Não fossem alguns problemas técnicos (que insistem em me perseguir e que tentaram ensombrar a nossa prestação), e teria sido memorável.
A preparação que envolveu este concerto resumiu-se a alguns (poucos) ensaios, o último dos quais, a ter lugar apenas umas horas antes de nos deslocarmos para o local do evento, pelo que, não havia nada de especial preparado para o efeito. Em resumo, a coisa foi mais ou menos assim:
10 de Agosto, Espinho, alguns minutos após a 18.00 horas.
Chegados ao Bar, depressa se percebeu que o espaço estava mesmo vocacionado para receber bandas, sendo o Metal o género dominante.
As paredes estavam forradas por cartazes de bandas e outros adereços essencialmente ligados ao Metal. O som que passava na altura, aliado ao tom negro da indumentária das pessoas que nos receberam, também não enganava. Estávamos mesmo numa casa da denominada: "música de peso".
Numa das paredes, lá estava o nosso cartaz, com o nome já a suscitar a curiosidade do costume entre alguns dos presentes, como que a denunciar que naquela noite a coisa iria ser diferente.
Apesar da vista previligiada sobre a praia e o mar, dentro do bar, fazia-se sentir um calor infernal. Era hora de montar o "circo" e fazer o som, com um dos elementos presentes no Bar a dar uma ajudinha.
E é também aqui que começam a surgir os primeiros problemas de som pró meu lado, pois dizem directamente respeito ao meu amplificador, que de um momento para o outro, começa a fazer ruído e a falhar...
O som estava feito, mas pra mim já estava o caldo entornado.
Restava esperar que a cena não se repetisse no concerto.
Depois do jantar, que foi bastante animado, com o Sá no centro das atenções a deitar-se sucessivamente ao ar (ou porque o Peter nunca mais vinha, ou porque já não havia aquilo que o chefe lhe havia prometido, ou ainda, porque, se apercebeu que o prego no prato que havia pedido em alternativa, tinha escondido debaixo do ovo estrelado, uma fevera e não um bife, como é habitual...) era chegada a hora de rumar ao Bar.
Chegados ao local, deparámo-nos com uma casa já bem composta, com o M. a dominar, no que ao número de convidados presentes, diz respeito.
O Line Up da noite também indiciava que a sala ia aquecer depressa e ditava o seguinte:
1-Prologue
2-Funny Little Town
3-The End Part 2
4-Mr. Person
5-A Forest (Cover The Cure)
6-The Terminal
7-One (Cover U2)
8-Looking For a Singer!
9-A Few Days Ago
10-Bitter End (Cover Placebo)
11-Unquietness
E se o povo não debandasse, ainda havia o seguinte encore:
12-The Glass Shoe
13-Black (Cover Pearl Jam - Estreia em concerto!)
14-Why Won't You Talk To Me
15-Noir
16-Hollywood
Foi só aguardar mais uns minutos e a casa ficou completa.
Ora, isso era sinal de que estava na hora de dar início às hostilidades.
Início de concerto com muita pujança, como já se suspeitava. Nos primeiros 5 temas quase nem tivemos tempo de respirar.
Como desde o início, o público demonstrou estar connosco, não podíamos deixar os créditos por mãos alheias. Dar tudo o que tínhamos pra dar, era o mínimo exigível!
Tudo estava bem, até que, o M. decide dedicar o tema "A Few Days Ago" á sua irmã, que estava presente na sala e assistia ao primeiro concerto do irmão. Por coincidência, era também a hora de eu ficar sem som. Literalmente. O que pensava ser o renascimento dos problemas com o meu amplificador, resumiu-se dessa vez, ao facto de alguém ter pisado a minha pedaleira e ter cortado o meu som. Presumo que tivesse sido a empregada, que já várias vezes antes, nas suas frequentes viagens para as mesas, havia tentado levar tudo atrás dela ao tropeçar nos cabos...
A verdade, é que tal precalço, obrigou-nos mesmo a fazer uma pausa, interrompendo-se assim o concerto e provocando por consequência, uma antecipação do encore que estava previsto, dividindo assim o concerto em duas partes.
Descoberto o problema e retomadas as forças, era chegada a hora de o M. cumprir com o prometido. No entanto, talvez devido ao facto da quebra do concerto ter provocado uma quebra de concentração, a verdade, é que esse tema acabou por ser um dos mais mal conseguidos da noite, com cada um de nós a acabar para seu lado, com especial destaque para quem? Para o artista do baixo pois claro está!
No entanto, o retomar do concerto fica também marcado pelo facto, de agora sim, o meu amplificador começar a falhar à força toda. Valeu o facto do povo não se aperceber muito da guerra que eu estava a travar com a máquina, que foi mais vísivel na "Black" (que curiosamente foi estreada em concerto e foi uma das mais aplaudidas da noite!) e que levou a que não tocássemos o tema seguinte, "Why W'ont You Talk To Me", pelo simples facto da minha parte nesse tema, ser composta por pequenos solos ao longo de toda a música, e que corriam o risco de não se ouvirem, ou ouvirem-se distorcidos, caso arriscásemos tocar o tema com o meu amplificador naquele estado...
Passou-se directamente para "Noir" e para terminar em grande, estava reservada a "Hollywood" com muita distorção, muito suor e uma dedicatória pessoal da minha parte ao "manager Dave" que me havia perguntado antes do concerto se íamos tocar esse tema.
Como parece que já não podíamos fazer mais barulho, pois os agentes da P.S.P. já tinham estado à porta do Bar dando indicações nesse sentido, a coisa acabou mesmo por ali.
De qualquer das formas, penso que não defraudámos as expectativas do público que ali se deslocou para nos ver, e que esteve sempre connosco de início ao fim. Valeu meu povo!
Para além disso, foi também um excelente teste e um bom tónico para o próximo concerto de dia 31 de Agosto em Carrazeda de Ansiães.
Fica também um agradecimento especial à gerência do Improviso Bar pela oportunidade proporcionada, pelo excelente serviço prestado e pelo novo convite endereçado.
Vamos só organizar a nossa agenda e concerteza regressaremos a esse espaço com muito gosto! Thanks!

mARK

Como ainda não tenho em minha posse os registos fotográficos do evento, deixo-vos aqui uma pequena curiosidade. Trata-se das senhas de entrada que foram entregues a quem na passada sexta-feira, acedeu ao convite de ir assistir ao nosso concerto.
Quem olhar atentamente para estas senhas, reparará em dois aspectos:
1) Que o preço a cobrar sofreu uma inflacção de 50% comparativamente ao que eu havia aqui anunciado, passando de 1,00 € para 1,50 € (Acho que só nós recebemos 1,00 € por cada entrada...)
2) Parece que a banda que vai tocar dia 10 de Agosto é outra que não a nossa. A avaliar pelo nome que nos foi posto!...
Uma mistura de The Mystery Artist (o nosso único e verdadeiro nome) com Funny Little Town (o nome do nosso EP).
Eles aí estão, os Mysterious Funny Artist? O divertido e misterioso artista?!
Excelente imaginação.
Quase parece o nome de um artista de variedades ou de um mágico qualquer...
Isto sim, dois verdadeiros improvisos, cuja autoria é da inteira responsabilidade da casa que nos acolheu.

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