12 April 2007

A Saga - Parte II

2 dias depois, mais concretamente dia 17 de Março, era a vez de irmos em conquista da Bela Lisboa.
Destino: Bar Lounge (Cais do Sodré).
Após muita expectativa, tínhamos conseguido um concerto na capital.
A oportunidade era óptima para apresentarmos o nosso som ao povo do sul. No entanto, os contornos em torno da preparação e execução de toda a logística que envolvia o concerto, foram mais que muitos...
O primeiro handicap, residiu logo no facto de irmos sem baixista. Um misto de capitalismo com servidão e vassalagem, apoderou-se do patrão do Sá, impedindo-o de nos acompanhar, sob pena de engrossar a já vasta lista de desempregados que existe neste país. Não desistimos do objectivo e apresentámo-nos mesmo assim.
A solução passou pela ausência de baixo em algumas músicas, enquanto noutras, essa tarefa foi assegurada pelo M., já mais habituado ao "bacalhau". Nesse campo, a novidade mesmo, foi a minha estreia a tocar baixo, e logo ao vivo e cores.
Mal peguei no instrumento, o M. teve o cuidado de avisar o povo presente de que era a minha primeira vez, não fossem começar a chover tomates e afins. Mas na verdade, a coisa nem correu mal, até porque a música que me tocou foi a "A Forest", que não tem assim muito que se lhe diga.
Ou seja, um concerto com baixo intermitente, é óbvio que não tem o mesmo impacto, de um, onde a sua presença fosse constante, mas do mal o menos.
O segundo handicap do dia, residiu no facto de não termos meio de transporte que nos levasse até à capital.
O "nosso" veículo de serviço decidiu que tinha de avariar nessa semana, e por isso, o dia anterior, mas principalmente o próprio dia, foi uma autêntica corrida contra o tempo, em busca de algo que nos transportasse. Sim, digo algo, porque chegámos a uma altura que penso que éramos capazes de ir em qualquer coisa... carro, bicicleta, cavalo...o importante era ir.
Após muitas tentativas, e após muitas desconfianças sobre o nosso cadastro de condutores, lá conseguimos alugar uma carrinha.
Hora 17.00H. Tínhamos que estar em Lisboa ás 20.00h de preferência...
Toca a carregar o material e prego a fundo!
Só parámos em Lisboa, e uma vez lá chegados ainda andámos aos papéis para dar com o tasco.
Tudo a ajudar.
Chegados ao local, as tarefas do costume, com a agravante de agora serem só divididas por 3 e não por 4 como de costume.
Hora do tacho, e nesse campo nada a declarar. Excelente "merenda" regada com um bom vinho branco e para terminar um belo bolo de bolacha.
Às 23.00H deixamos o restaurante em direcção ao Bar, que na altura estava já bastante bem composto. Do mal o menos, pensamos cá para os nossos botões.
O espaço também não era muito grande mas era bastante acolhedor. E tinha uma coisa muito curiosa, o povo que o frequenta é um pouco nómada. Tão depressa enche o bar, como num abrir e fechar de olhos o esvazia, para passados poucos minutos o tornar a encher.
Havia também muita gente cá fora, nos copos e nos fumos.
É chegada a nossa hora e aí vamos nós. Desta vez em formato trio.
Não sabíamos ao certo como ia resultar, pois apenas havíamos feito um ensaio umas horas antes, ainda no Porto, com esse formato.
O line-up escolhido, foi praticamente o mesmo que havia sido tocado na FNAC dois dias antes, apenas com a inclusão da "Prologue" a abrir, e com a "Looking For A Singer!" a fechar. Sem baixo permantente não dava para grandes voos...
Reacções:
O povo pareceu não ficar indiferente ao som, mas é dificil avaliar porque como disse acima, tão depressa batia com o braço na guitarra nas pessoas que estavam à minha frente, como andava lá à vontade. Aquilo é um bar com o povo sempre em movimento.
Mas percebeu-se essencialmente, que havia muito povo cá fora à escuta.
De qualquer forma, apresentámos a banda com um formato que nos é absolutamente estranho, e por isso, do meu ponto de vista, ficamos a perder, quando tínhamos todas as condições para sairmos de lá a ganhar.
Espero ter a oportunidade de tocar lá outra vez, porque desta vez soube-me a pouco!

mARK




Mas este concerto também ficou marcado por mais dois aspectos.
1 - A presença das nossas fãs, e para elas vão as estrelas e os foguetes aqui de cima e com um placard a dizer Obrigado (que devia aparecer mas agora não aparece não sei porquê!!!)
Mulheres que fazem 600 Km para ouvirem apenas uma música e meia, merecem uma aqui uma palavra de apreço! Valeu meninas!
Digamos que foram virar a Lisboa, pois aquilo foi viagem de ida e volta no mesmo dia....
Nem nós tivemos coragem para tanto!
2 - Vendemos mais dois Cd´s... ou foram três?...

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