21 September 2011

FESTAS DE NOSSA SENHORA DO AMPARO (Mirandela)
Um mês depois de termos estado em Mirandela, regressávamos dia 25 de Julho para dar início ás festas da cidade, que este ano celebraram a sua 200ª edição.
Integrados naquilo a que a organização do evento apelidou como Festival de Bandas, fomos a primeira das cinco bandas a concurso a subir ao palco.

Contudo, este festival tinha algumas particularidades. A primeira residia desde logo no tempo de actuação. Ao contrário dos concursos em que temos participado, nos quais cada banda tem o seu tempo em palco devidamente contabilizado, aqui não havia limitações.

A regra era uma banda, uma noite. Por isso, ao longo das cinco noites em que durou o festival, cada banda participante tinha o palco à sua disposição para apresentar o seu trabalho pelo tempo que quisesse. Como prémio, a banda vencedora, tinha a possibilidade de voltar a tocar na noite de domingo.

Devido a várias condicionantes, podemos dizer que partimos para este concerto sem nenhuma meta definida no que a prémios diz respeito, que não fosse participar e dar o melhor concerto possível. Por isso, dentro deste parâmetro, creio que atingimos o nosso objectivo.

Se ir para palco sem as teclas, tal como havia acontecido um dia antes em Vinhais, já não havia sido tarefa fácil, ir sem as teclas e sem o baixo mais difícil se torna!
É que por razões de ordem profissional, não pudemos contar com o nosso Sam, e como tal tivemos de recrutar um baixista à última hora, sob pena de sermos obrigados a anular o nosso concerto.

No entanto, como ainda há homens de coragem, o Pico desencantou alguém a quem passou alguns temas para se ir ambientando ao som. Não houve ensaios prévios com o resto da banda, conversas, trocas de impressões, nada.
O primeiro encontro entre todos surgiu em cima do palco, na tarde do concerto antes de fazermos o soundcheck, que no fundo, constituiu uma espécie de primeiro ensaio efectivamente realizado da banda com o "novo" baixista.

De seu nome Rómulo Cintra, estávamos lançados. Tínhamos baixista!
A primeira impressão que saltou logo á vista, foi que atendendo ao tempo que o Rómulo teve para trabalhar os temas, melhor era impossível. Viu-se que é um homem com muita tarimba de baixo e de palco, por isso, todos os nossos agradecimentos vão directamente para ele.

Não só pela disponibilidade que foi total, como também pela boa onda e profissionalismo demonstrado (o homem nem foi jantar connosco para ter tempo de trabalhar mais um pouco os temas que íamos tocar!). Comentava connosco antes de subir ao palco, que só tinha de fazer uma "hora à Benfica". Contudo, face ao desempenho da equipa na época transacta, corrigiu de imediato, "uma hora à Benfica quando foi campeão!" E a verdade é que cumpriu.
Tudo o resto, não obstante ter o seu grau de importância, foi naturalmente relegado para segundo plano. O palco, com excelentes condições de som e luz.
O jantar exemplarmente servido, com o staff do restaurante a pedir autógrafos á banda e fotografia para a posteridade.

O público que sem provocar uma enchente, esteve presente para nos dar aquele apoio. O júri do concurso que no fim veio partilhar connosco umas cervejas para nos dar os parabéns pelo nosso trabalho.
Tudo muito bem.

Contudo, não fosse a nossa teimosia em levar por diante a ideia de fazer o concerto sem teclas e baixo, conjugado com a audácia do Rómulo e hoje não haveria nenhuma história que contar.

Por tudo isso, muito obrigado Rómulo!
Fiquem-se com o último tema do set-list, que só não foi o último da noite porque o público insistiu e pediu mais uma. E a vontade do público é soberana. Sobre os resultados do festival, não ganhámos. Mas nesta noite, isso não era definitivamente o mais importante.

The Mystery Artist

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