29 August 2006

Amanhã Showcase na Rádio Globo Azul - 92.0 FM

Eis que há uns dias atrás chega ao nosso e-mail a seguinte missiva:
"Boas!

Eu sou o Nuno Neves, locutor do programa EP, da Rádio Globo Azul. Quem me deu o seu contacto foi o Filipe Pereira, do FEST. Eu tive a ouvir o seu Myspace e gostei do que ouvi. Não sei se estaria disponível para uma entrevista, na próxima quarta-feira. Agradeço desde já o seu tempo,
Os melhores cumprimentos,
Nuno Neves"
Depois da devida resposta por parte do M., novo e-mail:
"Ainda bem...já agora, se houver a possibilidade de um pequeno showcase ao vivo, estarias interessado?
Abraços"
É óbvio que a resposta da nossa parte só poderia ser positiva!
Sendo assim, amanhã por volta das 22.00h, quem estiver na área do Porto e arredores pode sintonizar a sua radiofonia em 92.0 FM e ouvir em directo e sem truques, um mini-concerto da banda que dá vida a este limbo informático.
A rádio chama-se Globo Azul (Espinho), e o programa EP.
Agora é convosco!
Mais informações em http://epmusica.blogspot.com/ .
mARK
P.S.1 Queria colocar aqui uma foto da rádio, mas não encontrei nenhuma!
P.S.2 Por motivos profissionais, o Sá vai ouvir a prestação dos "The Mystery Artist"....via rádio mesmo! Não vamos ter Fender, mas vamos estar solidários com o homem.
Já agora, Sá, não te esqueças de trazer umas empadas no bolso prá malta comer depois!

Dead Man: An Ode To Love Or Despair

Oh! Why was I born in a different way?
For a child's play my life He doth may
Why couldn't I be like all mens rest?
Amidst the forest fighting the cuckoo stealing nest

For hers was the touch of the divine
All men entered equal and came out blind
The night unfolds daring its might,
The moon embraces, with a compassionate sight

O'er the fallen, in my heart I feel
Belonging, the truth is my Achilles heel
Why have I grown without strength of character?
No will is there in the skies to look farther

I was lost inside the walls of her garden
Now I carry within the heaviest burden
Consumed by a fire the eye cannot see
It burns in all that is, was and ever will be

The will of the higher bewilders me
Aren't we responsible for our destiny?
The signs are only there if you want to see
A lonely companion, life can be

At the graveyard of mankind I stand
I feel like the dead man!
No strength left is there in is hand
Oh! How I feel like a dead man...

M

28 August 2006

Era uma vez...

Como em todas as histórias, também a narrativa que envolve o projecto “The Mystery Artist” começa com tradicional chavão “Era uma vez”.
No entanto, os contornos que deram origem aos “The Mystery Artist”, tal como hoje os conhecemos, são demasiado extensos e complexos, pelo que, prometo ser breve. A nossa já vasta legião de 52 leitores deste panfleto informático assim o exige.
Caso contrário, se decidisse recorrer à chamada “posta testamento”, o mais natural, seria ver os nossos leitores de corpos estendidos horizontalmente em cima dos seus computadores, a babarem-se de forma abundante em cima dos teclados.
Adiante.

O mentor.
Trata-se de um projecto que foi concebido entre Portugal e Luxemburgo pelo M.. Ideias existiam, o conteúdo musical era opulento, a vontade de tocar era mais que muita. Face a isto, sozinho no seu quarto, o M. decide registar tudo o que tinha, e com os recursos que possuía, gravando todos os instrumentos e voz. A semente estava lançada.
No entanto, para que tal projecto saísse do quarto era preciso mais alguém. Foi então que o M., ainda no Luxemburgo, decide recrutar mais três elementos, que juntamente com ele, e aos poucos, começam a dar corpo às ideias que existiam, e a gerar o “The Mystery Artist.
Em fins de Junho de 2006, surge a oportunidade de se estrearem em palco no Luxemburgo, oportunidade que decidem agarrar com as duas mãos, dando um concerto bastante aceitável, tendo em conta que era a primeira vez que se apresentavam ao público e juntos pisavam um “palco” (tem que ser entre aspas, porque aquilo foi mesmo no chão, sem palco!).
Eu não estive presente, mas a avaliar pela reacção do público no final de cada música, via-se que o pessoal estava com a banda e a curtir o concerto.
Bem... nem todos... Em certas partes da gravação que me foi dada a ouvir, é perceptível que há algumas pessoas que estão essencialmente interessadas em comer. Prioridades!
De qualquer forma, a coisa começava logo com uma internacionalização. Prometia!

Eu, o Sá e o Peter.
Enquanto no coração da Europa nascia um novo projecto musical, na Península Ibérica, mais concretamente na “Ibicta” cidade do nosso Portugal, eu, o Sá e o Peter, depois de uma experiência nos EsTro, (uma banda essencialmente direccionada para o típico rock cantado em português que continua no seu período sabático, sem sabermos ao certo se algum dia de lá irá sair...quando se nasce com o rótulo de banda abandalhada, não se pode defraudar as expectativas!) andávamos literalmente a vaguear de sala em sala de ensaio. A vontade de continuar a tocar era mais que muita, mas a ausência de um projecto que nos cativasse, aliado à letargia de ideias, e aos afazeres mais ou menos profissionais de cada um, fazia com que dos nossos ensaios saísse pouco mais que €€€€ dos bolsos pra pagar a sala, e algum fumo...de tanto penZar!
Entretanto, e como já há muitos anos que conhecia o M. do Luxemburgo, fruto das minhas vivências por aquelas paragens, restabeleci o contacto com ele via messenger, canal que serviu também para ele me passar todas as músicas que entretanto havia gravado.
Ouvi o som e gostei.
Mais tarde, passou-me o concerto que havia dado no Lux. e foi então que a título de curiosidade, e numa das tais sessões de messenger, decidi propor ao M. se ele não estaria na disposição de apresentar o projecto “The Mystery Artist” entre nós, na Tuga.
Depois de ter aceite o convite na hora, consultou os outros elementos que havia recrutado, os quais por sua vez, não alinharam na ideia.
Conclusão: para a coisa ser exequível faltava outro guitarrista, um baixista e um baterista.
Face a esta condicionante, e como o M. estava mesmo determinado em concretizar o convite que lhe havia feito, tratei de arranjar o resto do staff, e nessa matéria, só podia olhar para os abandalhados EsTro.
Como diz o ditado: "Temos que ser uns prós outros!"
Daí, pesquei o Peter, que disse logo presente, e o Sá, que me exigiu logo as músicas e as correspondentes letras para as adaptar ao seu Fender.
Entretanto o concerto que existia, multiplicara-se, e passamos a ter duas datas confirmadas. Uma em Mirandela e outra em Carrazeda de Ansiães. (A seu tempo virá uma posta dedicada a cada um destes marcos musicais!)
O M. regressa do Lux., marca-se um ensaio, apresento-lhe os outros 2 artistas (e que artistas!), ensaiamos pela primeira vez todos juntos, ensaiamos mais uma vez, e estamos prontos para a estrada!
Estava encontrada a fórmula!
mARK


Aqui fica o cartaz da primeira aparição pública dos "The Mystery Artist" em território nacional, no caso em Mirandela.
Sai uma alheira!

27 August 2006

O Contínuo Sonho Acordado

É de facto uma visão recorrente, aquelas imagens distantes, apenas parcialmente visíveis, ocasionalmente imergidas nos sonhos; perdidas temporariamente neles...
(No seu palácio de sonho um senhor de muitos nomes, infindável na sua natureza, apraz aos seus deveres com abnegação devida e observa a ligeireza de mortais inconscientes.)
Uma rapariga que já não sonha há mais tempo do que se consegue lembrar depois de um longo sonho contínuo, desenrolado dia após dia como na fantasia de um conto. O bater na porta do quarto acorda-a custosamente no peso cada vez mais longo do seu difícil sono. O seu ambíguo vizinho, na ainda procura de quem é, temeroso do caminho que necessita percorrer surge-lhe diante do enevoado olhar. Uma igual rotina desocupada une estes dois seres improváveis num imbróglio que elas estão longe de imaginar. Depois de um café amargo e escolhido o tema do dia, na forma de um tabuleiro de xadrez, saem para umas compras que não podem fazer.
Ergue-se uma vasta imensidão montanhosa numa terra longínqua, desconhecida de muitos, mas já por todos visitada. A falha da sua memória é própria da sua natureza e da inconsciência humana. Numa pequena gruta escondida, coberta por um manto de neve, quatro criaturas de um sonho lastimam a decadência que se abateu e discutem o rumo a tomar para a preservação de suas existências. A resposta está na busca de outrem há muito ausente mas não esquecida. A procura de uma retoma de equilíbrio interrompido.
Na mistura de dois mundos somos um pouco de tudo. Os caminhos a percorrer são fruto de escolhas vindas de indecisões precisas, tomados como um desvio que julgamos controlar, para o sustento aparente da harmonia estrutural da nossa mente. A solidão que todos sentimos independentemente das nossas características pessoais manifesta-se das mais variadas formas porque pensamos nela. O homem devasso procura conforto na luxúria de mulheres só apetecíveis enquanto não as tem. A sordidez de um quarto anónimo, nuns mantos desconhecidos, a penumbra encobre os meios rostos que se querem incógnitos, nos gestos de uma intimidade que deveria ser sagrada. O calor aceso da fricção que duas peles diferentes uma na outra provocam. O gosto molhado de outrem, misticamente hipnotizador nos seus sabores únicos, nada mais trazem que uma indiferença desoladora. O interior do mais recôndito de seu ser é quente e macio, berço de vida na vertente astral dos corpos celestes. Mesmo os deuses têm de nascer... e eu... não sinto nada! Não sinto nada! Eu não sinto nada!
A conquista mata o mito.

M

24 August 2006

PROLOGUE
Todos os dias começam desafios. Todos os dias há coisas que terminam.
Como tudo o que existe na vida, tudo tem um principio, meio e fim.
Provavelmente o projecto musical que dá vida a este blog, também um dia, motivado por este ou por aquele motivo, mais ou menos inócuo, acabará por sucumbir...
Mas o blog subsistirá!
No entanto, de momento, o que nos interessa, é partilhar com quem se der ao trabalho de ler este pasquim informático, o nosso som, os nossos concertos, as nossas vivências mais ou menos diárias enquanto membros de uma banda de garagem (por enquanto!), num país onde a cultura está definitivamente esquecida e colocada na prateleira.
Não fazemos o som que vai revolucionar o Mundo, nem aspiramos a isso!
Só pretendemos que quando estiverem a ouvir, a assistir ou a ler algo relacionado com o "The Mystery Artist", o façam de mente aberta, sem rótulos e de uma forma racional. Se for preciso critiquem, digam de vossa justiça!
Não somos meninos de coro, e de certeza que a reposta virá na ponta da língua!
Façam algo, expressem-se, manifestem-se, procurem, mas não se deixem cair no marasmo para o qual esta sociedade consumista e do "tudo feito" nos quer guiar.
Acordem!
Hoje é dia de festa, pois tal como tudo o que existe, nasceu o blog do "The Mystery Artist"!
Uma coisa vos digo meus amigos, a blogosfera é hoje um local bem mais rico.

mARK