20 September 2006

ATENÇÃO! – GRAVANDO

Foram estas, algumas das expressões mais ouvidas na última semana no seio dos “The Mystery Artist”.
Na verdade, outras expressões houve, que pelo número de vezes proferidas, ultrapassaram em larga escala estas e quaisquer outras mais dignas. No entanto, dado o conteúdo, a forma, e a expressividade com que eram ditas, torna-se impossível transcrevê-las na sua plenitude.
Momentos de rara beleza, que me permitiram alargar e actualizar o meu já vasto léxico de calão, tal o leque de opções com que fui presenteado pelos jovens que estavam a gravar o nosso som. Principalmente por um senhor de nome Zé, que sem ser um Zé qualquer, conseguiu tornar as sessões de gravação, em momentos de puro entretenimento, com episódios hilariantes, e por vezes a roçar a loucura!
Quem viesse de fora, e nos visse em determinadas figuras, nunca diria que naquele estúdio se estava a gravar um trabalho sério, capaz de revolucionar o panorama musical nacional e quiçá, internacional, para não falar do Mundial…
Um dos momentos altos destes 4 dias de gravações, aconteceu quando o M. foi literalmente espoliado do microfone, depois de vários takes falhados devido à sua falta de concentração, em virtude das palhaçadas que se iam passando na régie à sua frente.
Face à sua fraca produtividade, um dos homens dos botões, no caso, o Zé, decide irromper pela sala onde estava o M. e assumir ele próprio o papel de vocalista da banda, começando a cantar desenfreadamente como se não houvesse amanhã, uma versão em português, que posso denominar de retropimbarock, da “Looking For A Singer”.
De guitarra em riste, e com uma voz cristalina de rouxinol constipado, aí estava ele. Simplesmente joli!
Em breve, partilharei tal momento épico com todos os leitores. Sim, porque ficou registado! Ainda pensámos em fazer um lado B com tal versão, mas o autor decidiu, logo ali, destruir tal registo, não fosse aquilo cair nas mãos erradas e arruinar toda uma carreira recheada de sucessos com ranchos, filarmónicas e afins!
Em suma, o que me apraz dizer, sobre estes dois espécimes, que julgava já extintos da crosta terrestre, é o seguinte:
Caríssimos Zé Lourenço e Lino Lobão, este último também conhecido por aqueles lados como L. L., ou ainda como o futuro Marante português, vocês são os maiores! Devem ter uma pila para aí, como daqui ali!
De resto, penso que são excelentes profissionais, e que o vosso trabalho vai dar frutos.
Assim esperamos.
Quanto à prestação de banda em si, a coisa foi tão animada, que nem me apetece falar dos 842 pregos que o Sá meteu nas músicas, ou do desassossego que criei para meter o solo na “Unquietness”.
Coisas cá nossas!
Agora é carregar naqueles botões todos, agitar bem, deixar marinar, e daqui a mais ou menos 5 semanas servir quentinho!
Quanto ao invólucro do Cd, o Peter já tratou das capas. Gostei. Falta a palavra do M. e decidir qual fica em definitivo.

mARK


Os verdadeiros artistas são estes melros!

11 September 2006


A Few Days Ago – Part Two

Entretanto surgiu a necessidade no seio da banda, de gravar uma maquete na verdadeira acepção do termo, de forma a ter um cartão de visita mais aprazível do que aquele que se encontra actualmente no myspace.
Apesar de ser uma amostra honesta do som dos “The Mystery Artist”, e de ter que tirar o chapéu ao M. pela forma como face aos meios disponíveis, soube aproveitar todos os recursos, e apresentar um som diferente e com qualidade bastante aceitável, a verdade, é que depois de muito pensar, concluímos que uma vez juntos, somos capazes de fortalecer ainda mais o som e o conceito de deu origem a este projecto.
Por isso, no dia seguinte ao showcase na Rádio, e depois de uma sondagem por outros estúdios, decidimos todos visitar um estúdio com o intuito de materializar a ideia que temos de gravar algo novo. O alvo foi um estúdio sito em Vilar do Paraíso (V.N.Gaia), onde entre outras coisas, tivemos a oportunidade de conhecer mais por dentro o meio, ao mesmo tempo que pudemos apurar que os gajos que estão á frente daqueles botões todos, são homens completamente destiuídos de juízo, vulgo, malucos!
O momento da tarde, surgiu quando um dos gajos do estúdio perguntou quem tocava baixo.
Aí o Sá chegou-se à frente, e começou fazer uma dissertação ao pormenor do seu instrumento digna de constar nos anais da história, nomeadamente nos manuais de um Fender (se lhe metesse uma azeitona no cú enquanto falava do baixo, acho que aquilo ia sair tão espremido, que dava para aí uns 5 litros de azeite!.... Nunca vi!). Ficámos todos maravilhados!....
De seguida, acertámos os pormenores e decidimos passar á acção.
Vamos gravar, e as actividades começam já esta semana, nomeadamente Quarta e Quinta-feira. Por isso, vai haver novidades meu povo, e das boas!
(Para quem precisar de gravar um Rancho ou afins vá aqui:
http://www.quartavaga.com/web5/index.htm, porque nós estamos a caminho)
Saímos dali e fomos directamente para a sala de ensaio, mas mais valia não termos perdido tempo, porque houve dois indivíduos que já andavam, esses sim, completamente perdidos!
Não vou dizer nomes, mas só posso adiantar que nesse dia, precisávamos urgentemente de um baterista e de um baixista que bebessem mais águas minerais, e não fizessem tantas fogueiraZzzzZzzz.....nas mãozzzzZZzZzzz....
Adiante...
O verdadeiro ensaio, só viria acontecer no dia seguinte.
Esse sim, mais conivente com aquilo que somos capazes de fazer!
Depois disso, ainda fizemos um ensaio a 3, porque segundo o Sá, ele é a única pessoa ocupada da banda, e de seguida eu o M. partimos para Lisboa para assistir ao concerto dos Pearl Jam.
Logo à chegada á capital ainda tivemos dois bónus:
O primeiro foi assistir ao concerto dos Da Weasel com uma orquestra lá do burgo;
O segundo estava á nossa espera no carro. Uma multa por mau estacionamento! Também... com carro literalmente estacionado no meio da estrada, estavas à espera de quê oh M.?!

mARK






Há precisamente uma semana foi assim. GRANDE CONCERTO! O Eddie está em grande forma e até já fala português: "Voçês são do caraio!" disse a determinado momento da noite...e somos mesmo! :)

07 September 2006


A Few Days Ago - Part One

Depois de uma semana muito agitada, o universo “The Mystery Artist” volta a conhecer alguns momentos de acalmia. Serão breves é certo, mas o suficiente para me permitir pôr a escrita em dia e satisfazer todos os ávidos leitores desta “bloguice”.
Tal como fora anunciado na última “posta”, na quarta-feira da semana passada, os “The Mystery Artist” (ou melhor, eu e o M., porque o Sá estava no a trabalhar, e o Código de Trabalho ainda não permite que o trabalhador se ausente do seu local de trabalho, para ir tocar numa qualquer rádio nacional) fizeram o showcase na Rádio Globo Azul de Espinho.
Depois de uma paragem na República para apanhar o Peter, onde desde logo pude constatar, que este desconhecia totalmente o destino para o qual o encaminhava (confusões de datas de uma agenda super desocupada!) dirijo-me para Espinho, onde, depois de uma curta pausa, seguida de um não menos breve ensaio na casa do M., definimos entre outras coisas, o line-up do concerto, e que o Peter, a única função que ia ter nessa noite era a de fotógrafo!
Era chegada a hora de irmos para a rádio.
À nossa espera já estava o apresentador do programa e o técnico de som em part-time, como o próprio fez questão de deixar bem claro.
Entrámos, e depressa constatámos que a rádio em questão não dispunha de uma sala para tocarmos, pelo que tivemos de o fazer no corredor sem qualquer tipo de munição, enquanto o som era captado num estúdio, vulgo quarto adaptado, ao lado.
Tudo bem.
Fazemos o som, aproveito para mandar os últimos sms´s ao people do Porto e arredores e estamos prontos.
Quase uma hora depois do previsto, eis que chega a nossa hora.
Num formato totalmente acústico, apenas com uma guitarra eléctrica “limpa” e outra semi-acústica, é hora de, em breves palavras, o M. passar à apresentação do projecto e a música começa.
E que começo! Nos primeiros acordes da “Funny Little Town” meti logo "as patas", com o M. a olhar para mim e a pensar “da-se!”.... a coisa prometia!....
No entanto, e apesar de ainda não ter ouvido a gravação, penso que foi o único erro digno de registo...penso...
Por isso, o resto do concerto acabou por decorrer de forma normal e sem sobressaltos, não obstante ter havido apenas um único mini-ensaio de preparação, e de todas as músicas terem sido tocadas com uma roupagem completamente diferente do habitual, ou seja, de uma forma mais calma e intimista.
Entre os temas, e sem grandes discursos, que o homem não está ali para falar mas para tocar, o M. lá ia apresentado as músicas, enquanto o Peter ia deambulando pelo espaço ao mesmo tempo que tirava fotografias à malta, embora algumas com aspecto muito, muito, mas mesmo muito duvidoso!
Depois de 5 temas nos quais teve a minha companhia, a última música seria tocada a solo pelo “The Mystery Artist Mor”, onde o meu papel consistiu basicamente, em colocar-me ao lado dele
com a folha onde estava escrita a música, em riste, para o caso de haver algum esquecimento da letra.
Estava feito!
Após o concerto, uma pausa de 10 minutos para descomprimir, e começa a entrevista à banda, ou ao que estava presente dela.
Supostamente, tal entrevista seria feita em directo, e estávamos todos convencidos de que tal estava a acontecer. No entanto, 15 minutos após termos começado, eis que entra de rompante pelo estúdio, um dos proprietários da rádio para nos informar a todos, em particular o responsável pelo programa, de que não estávamos no ar!
Conclusão: o jovem tinha-se esquecido de carregar num botão qualquer, e a rádio pura e simplesmente ficou em silêncio durante esse período.
Problema técnico resolvido e toca a repetir tudo de novo… embora desconfie, que após tal interregno, alguém tenha ficado para ouvir o que ser que seja!
Adiante.
Apesar de ainda não ter ouvido nada desta prestação, e da reacção pessoas que ouviram em directo na rádio ter sido positiva, penso que o mais importante para nós, foi aproveitar a oportunidade de promover o som “The Mystery Artist”.
E nessa matéria temos que tirar o chapéu à Rádio Globo Azul de Espinho, por apostar em bandas como a nossa, sem nada editado, e que as únicas oportunidades que têm de mostrar o seu som, é através do myspace, de concertos, ou então, através de raras iniciativas como esta.
Bem hajam e continuem, pois a música portuguesa agradece e nós também!
À saída, ficou o convite para uma futura participação num evento a definir (concerto, festival, edição de um cd), juntamente com as outras bandas que têm participado no “Ep” (nome do programa), ao qual nós desde logo dissemos, PRESENTE!
Se não tivéssemos preenchido os requisitos necessários, penso que tal convite não teria saído da gaveta, logo aí, ganhámos pontos, penso eu de que!....
mARK