29 November 2006

COMPÊNDIO DO ÚLTIMO CONCERTO

Caríssimos leitores deste folheto informático;
Tenho a informar a todos, que a experiência do último concerto foi de tal forma avassaladora, que houve uma necessidade pessoal de descanso para meditar, mas acima de tudo para assimilar a nossa prestação ou aquilo que desejaríamos dela!
Em primeiro lugar, face à relutância dos resultados dos ensaios, aquilo que era para ser um concerto acústico, depressa se transformou em eléctrico. O tempo de ensaio no formato que pretendíamos jogou contra nós, e por isso, no derradeiro dia não quisemos arriscar, e apresentamos as músicas com toda a distorção possível.
O que não estava previsto, era que alguns elementos, que por razões de cortesia, obviamente não vou identificar, tocassem as músicas de maneira completamente diferente daquilo a que estamos habituados.
Falta de espaço, várias solicitações para beber e comer aos membros da banda enquanto tocavam (não esquecer que actuámos mesmo ao lado da máquina dos finos, o que é sempre útil em caso de desidratação) foram as desculpas mais ouvidas, como pretexto dos “pregos” apresentados ao longo da noite nos mais variados temas.
O que vale é que o público não se apercebeu, ou então não esteve para isso, o que convenhamos, é sempre vantajoso, sob pena de sermos vaiados e corridos dali para fora.
Mesmo assim, penso que posso focar aqui alguns aspectos positivos dessa noite, a saber:
A) O público presente – a princípio um pouco tímido, mas com o desenrolar do concerto foi-se soltando e soube ouvir tudo até ao fim, ao ponto de implorar “encore”. Solicitação a que nós acedemos com a apresentação de dois novos temas, “Noir” e “Hollywood”, e ainda o sempre mui nobre e desejado cover da Britney Spears.
No entanto, esse tema viria a ser interrompido por uma falha de energia eléctrica, provocada por um azeiteiro qualquer que não arranjou melhor forma de dar nas vistas…
Resolvido o problema, recomeçamos o tema que viria acabar de uma forma, no mínimo diferente do habitual (resultado do tal problema de falta de espaço…ou talvez não…) e com ele terminava também a nossa ofuscante prestação.
B) Para além disso, foi patente a preocupação da assistência em matar a sede e fome de alguns elementos da banda enquanto tocavam, o que provoca sempre momentos de rara beleza musical, vulgo “pregos”.
C) A venda oficial do Primeiro CD da banda – confirma-se!
Depois de na noite anterior ter presenteado tão distinto comprador com uma cópia do nosso disco, eis senão quando, e após assistir a todo o concerto, tal comprador se dirige a mim com o intuito de levar um original da nossa obra-prima para casa.
Tozé “DUX” (alcunha que lhe foi colocada pelo facto de possuir um número elevado de matrículas no seu cartão de estudante, não obstante se manter obstinadamente no primeiro ano do curso enquanto o frequentou…ou não), também conhecido na República por “Homem-Nestum” (enquanto viveu comigo na República, eram constantes as suas incursões à cozinha por volta das 2/3 horas da manhã, onde fazia grandes petiscos à base de Nestum) ou “Homem-Alcatrão” (este jovem vive para os carros e estradas. No seu quarto era frequente vê-lo a fazer cálculos de gastos em gasolina, óleo, pneus e afins em função dos Quilómetros que pretendia percorrer) foi o contemplado!
Como podem ver, ficou bem entregue.
Como não há uma sem duas, logo se apresentou um segundo comprador.
Membro da Tuna que também actuara nessa noite na República, o jovem bem me tentou dissuadir para ver se levava o disco por 5 “ouros”, mas contas são contas, e por isso teve que deixar a nota de 10 e foi se quis!
Conclusão, fiquei com a nítida sensação de dever cumprido, pois pelo menos dois conseguimos enganar!
Quanto aos pormenores técnicos do concerto em si, não vale a pena dissecar mais nada.
Só sei que após arrumar todo material, nunca mais vi o Peter e o Sá.
De certeza que ficaram tão extasiados com a sua prestação, que até se esqueceram de se despedir de mim e do M.
A cortesia é uma coisa tão bonita, não é?

mARK

The Mistery Artist


The Mistery Artist!

Aqui ficam (agora sim!) as nossas primeiras fotos oficiais na bloguice em plena acção no dia 18 nos LyS.O.S.. Na falta de uma boa tomem lá duas!

Grandes e bonitas!

(O pormenor da nossa banca de venda com uma caixa de papelão cheia de cd´s a servir de chamariz para os potenciais interessados.)

24 November 2006

Só um aperitivo...

O mundo The Mystery Artist está em ebulição e as notícias são mais que muitas. Desde logo, a começar pelo relato da nossa última prestação, vulgo concerto, na República dos LyS.O.S. faz amanhã uma semana.
No entanto, a disponibilidade tem sido pouca, pelo que vos deixo aqui uma "piquena" pérola que já havia prometido há alguns meses a esta data.
Trata-se de um pequeno video realizado no estúdio, enquanto gravavámos o EP, e que demonstra bem o espírito que reinava naquela sala.
Desfrutem!






Um dia destes partilho outro.
Aviso desde já que contém linguagem para maiores de 18.
O Zé bate recordes ao nível da quantidade termos obscenos que diz por frase!
Um verdadeiro Artist!
(Se não conseguirem ver, vão aqui: http://www.youtube.com/watch?v=1GD_sBiv-OI)
mARK

16 November 2006

Faltam 2 dias!

E nós vamos hoje à noite fazer aquele que pode ser considerado o primeiro ensaio, para o concerto acústico ou semi-acústico que se avizinha.
Hoje é que vamos ver o que vai sair...
De qualquer forma tem havido bastante interesse sobre o evento, e não vai ser por falta de apoio que vamos sujar a pintura.
Haja sobriedade suficiente à hora do concerto, sobretudo para o Sá, adepto ferrenho de vinhos e afins, é o que se deseja.
Uma nota final para o novo projecto do M., essa parideira de personagens.
Desta vez o destaque vai para o blues a solo. Podem ouvi-lo aqui: http://www.myspace.com/sidekickbob1
Sidekick "bóbó" rules!

mARK

LyS.O.S aí vamos nós!


08 November 2006

3 ANOS DEPOIS – O REGRESSO

Coincidência ou não, a verdade é que pouco a pouco, como que a acompanhar a recente edição do nosso EP, começam também a surgir novas datas para concertos.
Apesar de já haver datas para Janeiro de 2007, o próximo evento está já marcado para o dia 18 do corrente mês.
Local: Real República dos LYS.O.S..
Nada mais nada menos do que a casa que me formou enquanto estudante, mas acima de tudo enquanto homem.
Foram quase oito anos de vivências numa instituição que deveria ser obrigatória para todo e qualquer estudante que se digne aventurar nos meandros do ensino universitário.
Durante este período, a minha universidade foi a República, a minha família foi República, os meus amigos foram a República, o meu nascimento enquanto simples músico aconteceu na República.
No fundo a minha vida foi a República.
Quando lá cheguei, em meados de 1996, ouvi uma frase que nunca mais esqueci. Não sei se foi adaptada de outro slogan, ou se quem a disse vivia e encarnava de facto o espírito Lyso, mas a verdade, é que ela faz todo o sentido para aqueles que um dia como eu, entraram pela porta daquela casa.
“Uma vez Lyso, Lyso sempre!” dizia-se.
A verdade, é que não obstante já terem passado mais de dois anos após ter deixado a minha República, continuo a sentir-me Lyso, continuo a sentir que apesar de ter abandonado o seu espaço físico, ainda faço parte dela. E isso, apesar de provocar em mim uma profunda nostalgia, deixa-me imensamente feliz.
Regozijo-me por ter tido a oportunidade e o privilégio de fazer parte de uma comunidade como a Real República dos LYS.O.S..
Ali conheci muitos estranhos, que hoje, mais do que grandes amigos, são grandes homens.
Felizmente também tive a oportunidade de conhecer outras Repúblicas, nomeadamente as de Coimbra. No entanto, continuo a achar que o espírito que reina na nossa casa, está a um nível que não está ao alcance das demais.
Até podia começar a dar aqui uma lição sobre o nascimento das Repúblicas, nomeadamente onde e como nasceram, o que distingue uma República de uma Real República, ou o que distingue uma República de um simples Solar de estudantes, por exemplo.
Mas tudo isto, são questões que levariam um blog inteiro para responder. Além do mais, para os mais curiosos, façam uma busca pela net e de certeza que vão descobrir a resposta para estas e outras questões.
Para já posso adiantar três coisas:
1) É falsa uma das definições que encontrei no dicionário relativamente às Repúblicas: “Casa onde não há ordem nem disciplina”.
Ridículo!
Meus caros, se há casa que tem regras, ela é a República! A não ser assim, seria impossível manter uma convivência sã entre 12 ou 13 pessoas com feitios e costumes tão díspares. Mais, as regras de ouro numa casa como uma República são essencialmente pautadas pela liberdade, solidariedade e respeito mútuo, coisa que está em vias de extinção na nossa sociedade.
Por isso, quando ouvirem ou caírem na tentação de falarem das Repúblicas sem conhecimento de causa, não se esqueçam de meter os preconceitos, os moralismos e a demagogia na gaveta se faz favor, caso contrário vai sair asneira.
2) LYS.O.S., porquê?
A nossa República foi fundada no ano de 1959 por estudantes de Engenharia, que tiveram de vir de Coimbra para o Porto tirar a sua licenciatura, uma vez que na época, tal curso apenas existia na cidade Invicta.
Ora, como estavam longe do lar, e como na altura não havia telemóveis, Internet, e carro próprio era um conceito ainda desconhecido da classe estudantil, eram constantes os telegramas para casa a pedir dinheiro para fazer face ás necessidades comuns dos estudantes, e daí surge o S.O.S..
No fundo, e um pouco à semelhança dos estudantes (alguns) de hoje, andavam sempre lisos.
Estava assim encontrado o mote para o nome, LY-S.O.S..
O emblema da República elucida bem o nome que lhe foi atribuído, com várias antenas a emitirem S.O.S. para a “Cabra” de Coimbra.
3) Por fim, a terceira coisa diz directamente respeito ao nosso concerto nos LYS.O.S.. Todos os anos se festeja o aniversário da República, denominado de Centenário.
Ora, porque cada ano numa República equivale a cem anos vividos pelo comum mortal na sociedade, essa é a razão pela qual em cada ano se festeje o Centenário, e a cada 10 anos se festeje o Milenário. (Se um ano equivale a cem, dez equivalem a mil, é uma questão de aritmética.)
Ora, os LYS.O.S. festejam este ano o seu XLVII Centenário (47º para os mais incautos), e foi no âmbito desses festejos que fui convidado pelo actual Mor (outro vocábulo do universo Repúblico que se assemelha á pessoa que dá a cara ou que está “á frente” da República, status que eu próprio tive enquanto residente) para fazer uma apresentação do meu novo projecto, em versão Unplugged.
É óbvio que a resposta a um convite destes só podia ser sim.
Vamos ter nova ocasião para voltar a tocar as músicas em versão acústica, depois de idêntica prestação na Rádio Globo Azul em Agosto.
Mas acima de tudo, vai ser a oportunidade de voltar actuar naquela casa enquanto “artista”, digamos assim, uma vez que foi também ali, que em Novembro de 2003 apresentei o meu anterior projecto musical de seu nome “EsTro”. Foi o meu primeiro concerto de todos os tempos.
Meu, do Peter e do Sá, uma vez que eles também embarcaram naquela aventura sem rumo.
Por isso, posso dizer que pessoalmente este concerto me vai dar um gozo muito especial.
Dessa noite recordo muita coisa, em especial o facto de ter sido o meu último Centenário enquanto Republico residente.
Mas ao nível da nossa prestação musical nessa noite, correu tudo de forma muito natural. Com a bateria e uma coluna emprestada, o destaque vai para o facto do Peter a meio de uma música ter literalmente perdido um pau o que o levou a acabar a sua prestação a tocar só com uma mão; eu parti duas cordas e mesmo assim toquei como se não houvesse amanhã; o Sá teve uma prestação discreta, talvez por isso, só quando terminou o concerto é que se deu conta desse facto.
Aí não foi de modas, e passou a noite toda a insistir para que voltássemos ao palco improvisado para fazer um encore. Só que não tínhamos mais músicas para tocar, e o que o resto da malta queria era copos, por isso ficamos mesmo por ali.
Mas agora, três anos depois estamos de volta.
E o prazer vai ser todo meu!

mARK


No próximo dia 18 é aqui, no nº86 da Rua António Granjo (Porto) que vamos estar meu povo. Apareçam, eu convido!

01 November 2006

OS MENINOS ESTÃO DE “BOLTA”!

O regresso do M. é sinónimo de regresso ao mundo “The Mystery Artist”.
A máquina voltou a entrar em funcionamento, e pelo que foi possível vislumbrar pelo ensaio do último fim-de-semana, está bem oleada e recomenda-se!
Ensaio muito poderoso com lugar para “jam session” e tudo. Confesso que face à ausência de actividade verificada nas últimas semanas, estava um bocado reticente quanto à capacidade de execução das músicas no próximo reencontro. Pois se alguns artistas ainda não sabem sequer os títulos de alguns dos temas, o mais fácil seria eles esquecerem a execução dos mesmos… mas não!
Os rapazes estão lá!
O Peter nunca mais tocou, mas está mais fino do que nunca! Até ao próximo ensaio não toques mais boy!
O Sá veio incorporado com uma “beatbox”. Foi comum ouvi-lo a dar instruções ao Peter sobre que tipo de batidas este havia de usar na bateria. “Pá, pum, pá, pum pum, pá” foram os sons se ouviram da sua boca.
O M. está cada vez, cada vez mais!
E eu também…
Não sabemos se tal estado de espírito se deveu a um descarregar de frustração pelo facto de o S.L.B. ter acabado de perder o jogo com o clube lá do bairro, ou se tal se deveu apenas à tentativa desenfreada de executar as músicas de uma forma mais sublime do que aquela em que foram gravadas no CD que acabara de nos chegar ás mãos.
Seja como for, foi lindo!

mARK

Aqui fica em primeira mão a capa da nossa obra prima. Bonita não é? A capa meus caros, a capa! Não queiram arranjar problemas...

E "voila" a contracapa! Dentro, ainda tem mais uma imagem com a banda, agradecimentos e afins, mas essa fica reservada para os verdadeiros fãs.